Pode um mundo dependente de um desenvolvimento massivo e acelerado
“libertar-se” das conseqüências drásticas proporcionadas por um sistema
ambicioso?
É fato que estamos na era da informação, e por mais paradoxal que isso
possa parecer, o que esta escasso nos dias de hoje é a informação ideal.
Imparcial.
Mas é fato também que em meio a um ambientalismo sensacionalista e
manipulador existe uma preocupação real, sobre até que ponto pode ir a
interferência humana sobre a natureza. O progresso sem dúvida tem seu preço,
uma divida que assumimos e carregaremos por toda a existência.
Uma dívida que ultrapassa as fronteiras das gerações.
Um “legado maldito.”
O desenvolvimento é inevitável e necessário, uma necessidade que acaba
por trazer a tona uma obrigação.
A consciência.
O que seria um desenvolvimento consciente?
Talvez uma adaptação responsável e adequada a uma boa qualidade de
vida.
Entra assim, um conceito quase utópico e muito discutido atualmente.
A sustentabilidade.

A noção de “desenvolvimento limpo” traz de volta a esperança perdida
em um mundo corrompido.
Em 1992 foi realizada a conferencia das nações unidas sobre meio
ambiente e desenvolvimento, também conhecida como ECO 92. Foi nessa etapa que o
termo desenvolvimento sustentável criou forças.
O documento principal produzido foi a agenda 21, que visa um padrão de
desenvolvimento ambientalmente racional.
Entre os temas abordados na conferência estavam recursos naturais,
como ar e água, descarte adequado de materiais (reciclagem, reutilização e
redução), transportes alternativos com a utilização de combustíveis menos
poluentes, mas entre esses e outros, o que gerou maior impacto na discussão foi
o tema mudanças climáticas.
A agenda 21 e a eco 92 realizaram a convenção das nações unidas sobre
mudanças climáticas, e idealizaram um documento denominado de Protocolo de
Quioto.
O Protocolo de Quioto estabelece metas para reduzir a emissão de gases
poluentes que intensificam o efeito estufa. Entre esses gases se inclui
principalmente o gás carbônico (CO2).
Em um mundo capitalista, um documento como esse não é visto como
vantajoso por grandes potencias, uma vez que a partir dele um novo modelo de desenvolvimento
teria que ser visto.
Por conta disso os Estados Unidos rejeitou o Protocolo de Quioto, e
algumas “adaptações” acabaram por ser feitas, como a possibilidade de venda de
créditos de carbono.
Ao meu ver isso foi feito para manter o desenvolvimento acelerado de
grandes potencias, enquanto países que ainda não atingiram o auge de seu
desenvolvimento, permanecem estacionados.
Uma adaptação tipicamente capitalista.
A revolução industrial, trouxe consigo o progresso, mas também uma
nuvem negra.
Entre os problemas eminentes gerados por essa era de transformações,
esta muito bem destacada a poluição.
A poluição abrange principalmente a contaminação da água e do ar
atmosférico.

Destaco também um problema já praticamente sanado, mas que nos anos
noventa foi o foco de muitas discussões, e preocupação.
Em uma camada da atmosfera
denominada de estratosfera, existe alta quantidade de um gás constituído por
átomos de oxigênio (O2). O ozônio (O3).
O gás ozônio forma um tipo de barreira na estratosfera, absorvendo boa
quantidade de radiação ultravioleta, que em alta concentração torna-se nociva,
podendo provocar câncer de pele, gerar mutações genéticas...
Algumas substâncias como o CFC produzidas em laboratório e utilizadas
em larga escala em produtos como refrigeradores, geladeiras, aerossóis,
provocavam a destituição da molécula de ozônio, o que abria uma lacuna na
estrutura protetora do nosso planeta. Esse buraco na camada de ozônio era mais
intenso na Antártica.
Hoje algumas medidas foram tomadas para reduzir o impacto na camada de
ozônio, como a substituição do CFC, pelo HCFC.
A destruição da camada de ozônio também pode contribuir para a aceleração
no aquecimento, visto que uma maior taxa de radiação seria exposta ao planeta.
Outro assunto que merece ênfase em uma discussão sobre
sustentabilidade são as matrizes energéticas, focando as fontes e o modelo de
produção de energia.
O Brasil possui aproximadamente 90% do seu total de energia elétrica,
gerada a partir da hidroeletricidade.
A água é considerada uma fonte de energia renovável, por ser um recurso natural, e a hidroeletricidade pode
ser considerada uma forma de produção “limpa”.
Entretanto, falemos do limite de área devastada, e da recuperação
dessa mesma área.
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Destaco também o melhor aproveitamento de fontes alternativas em
regiões onde há viabilidade, como a energia eólica, por exemplo.
O ano de 2012 foi marcado por uma polêmica. A reformulação do código
florestal, o que aumentaria a quantidade de área de mata nativa que pudesse ser
degradada para posterior utilização agrícola e pecuária.
O nosso país já possui grande extensão de área mal aproveitada, não
sendo mais necessário o desmatamento para tais práticas, e sim, uma
reutilização da área já existente.
Desde 1992, a cada 10 anos é realizada uma conferencia das nações
unidas para discutir o tema meio ambiente e desenvolvimento.
Em suma, isso é feito para rever a agenda 21, e elaborar novos acordos
“sustentáveis.”
A Rio mais 20, realizada em 2012, teve um resultado frustrante, visto
que o tema sustentabilidade acabou por si só, saindo do foco principal das
discussões.
É necessário compreender o mundo, e a necessidade que o mesmo tem do
desenvolvimento.
Entretanto é ainda mais necessária a conscientização no que se refere
a nossa interferência sobre os processos naturais do planeta.
Políticas ambientais existem para manter viva a ideia do
desenvolvimento sustentável, tão necessário, e tão desconfigurado do sistema
político econômico que move o mundo.
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