A Ilha de Páscoa é uma
província chilena localizada na Polinésia oriental, descoberta em 1722 pelo
navegador holandês Jakob Roggeveen. Este se viu impressionado ao embarcar na
ilha pela presença das famosas estátuas de pedra gigantescas que por lá
existiam, os moais. A presença de tais menires só poderia evidenciar que uma
vasta população por ali deveria ter habitado, porém não era a situação da ilha.
Conforme o tempo foi passando, a ilha começou a ficar mais deserta, e tal fato
é explicado pela escassez de alimento.
Através de relatos de
historiadores e arqueólogos, muita pesquisa foi feita sobre a província. Por
muitos anos os nativos da Ilha de Páscoa, a civilização rapanui, praticaram uma
agricultura que visava apenas o simples plantio e colheita do alimento,
principalmente de batata-doce. Eles obtiveram fartas produtividades a
princípio, visto que as terras da ilha eram férteis devido ao favorecimento da
formação pedológica e derramamento basáltico dos vulcões. Porém,
paradoxalmente, conforme a população da ilha aumentava a demanda por alimento
também crescia e se tornava escassa, de maneira que a partir de um momento já
não existia alimento para todos e a ilha ficava menos populosa. Além do
alimento, a extração de madeira também aumentava, visto que os nativos
precisavam construir mais casas e barcos. Dessa forma a terra ficava exposta as
intempéries climáticas, resultando em graves problemas de erosão.
Seguindo esse manejo de
âmbito completamente extrativista, uma série de fatores fez com que as terras
rapanuis já não fossem mais férteis e com isso a população foi drasticamente
reduzida.
A história é um semblante do
que o mundo inteiro hoje pode passar futuramente se não cuidar de seus recursos
naturais. A civilização rapanui não é muito diferente da civilização global,
visto o uso intensivo das terras sem o devido manejo e também no descontrolado
desmatamento de áreas ambientais, como bacias e biomas. Por tal são realizados
programas, disciplinas, teses e demais estudos baseados no acompanhamento
desses recursos, de conservação e preservação, que resultam em conferências e
códigos como os vistos no post anterior.
Por mais que existam
vertentes contra a teoria do ecocídio rapanui, como o surgimento de pragas
trazidas por colonizadores e condições climáticas desfavoráveis, a premissa é
bastante válida no sentido de abrir os olhos da sociedade extrativista e fazer
com que busquem estratégias adequadas de manejo de suas terras, pois existe um
grande potencial de produção das áreas agricultáveis de todo mundo que poderia
ser explorado a vontade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário